A poluição voltou ao céu de Pequim nesta segunda-feira, apesar de o governo chinês assegurar que as drásticas medidas adotadas para combatê-la estavam dando resultados e que não seria preciso alterar o programa dos Jogos Olímpicos, que começam no próximo dia 6.
“Creio que não haverá possibilidade de mudar o programa das provas porque a qualidade do ar é muito baixa”, disse Fan Yuansheng, director do controle de poluição do Ministério Protecção do Meio Ambiente, segundo o jornal governamental China Daily.
O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, em declarações formuladas no ano passado, havia dito que a qualidade do ar durante os Jogos Olímpicos poderia causar a suspensão de algumas provas, em particular as de resistência como a maratona.
Fan afirmou que qualidade do ar de Pequim tinha sido “excelente” nos três primeiros dias de Agosto, e que esta melhora era consequência das medidas adoptadas para reduzir a poluição atmosférica em Julho passado.
Um milhão dos 3,3 milhões de carros foram retirados de circulação desde 20 de Julho, e mais de 100 fábricas poluidoras foram fechadas. As autoridades chinesas afirmaram que tomarão outras medidas se a poluição continuar, o que foi reiterado por Fan.
“Se as previsões meteorológicas revelarem um aumento da poluição durante os Jogos, seriam fechadas mais fábricas em Pequim e sua periferia e também mais veículos seriam retirados de circulação”, segundo o jornal.
O etíope Haile Gebreselassie não disputará a maratona, sob a alegação de que a poluição poderia prejudicar sua saúde, mas participará dos 10.000 metros.